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Historia Do Brasil
Historia Do Brasil

Historia Do Brasil N.1 Ano 1500

Descobrimento Do Brasil - História Do Brasil

Ano de 1500

História Do Brasil Colônia, A História Do Descobrimento Do Brasil, Os Primeiros Contatos Entre Portugueses E Índios, O Escambo, A Exploração Do Pau-Brasil

Em 22 de abril de 1500 chegava ao Brasil 13 caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral. A primeira vista, eles acreditavam tratar-se de um grande monte, e chamaram-no de Monte Pascoal. No dia 26 de abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil.

Após deixarem o local em direção à Índia, Cabral, na incerteza se a terra descoberta tratava-se de um continente ou de uma grande ilha, alterou o nome para Ilha de Vera Cruz. Após exploração realizada por outras expedições portuguesas, foi descoberto tratar-se realmente de um continente, e novamente o nome foi alterado. A nova terra passou a ser chamada de Terra de Santa Cruz. Somente depois da descoberta do pau-brasil, ocorrida no ano de 1511, nosso país passou a ser chamado pelo nome que conhecemos hoje: Brasil.

A descoberta do Brasil ocorreu no período das grandes navegações, quando Portugal e Espanha exploravam o oceano em busca de novas terras. Poucos anos antes da descoberta do Brasil, em 1492, Cristóvão Colombo, navegando pela Espanha, chegou a América, fato que ampliou as expectativas dos exploradores. Diante do fato de ambos terem as mesmas ambições e com objetivo de evitar guerras pela posse das terras, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas, em 1494. De acordo com este acordo, Portugal ficou com as terras recém descobertas que estavam a leste da linha imaginária ( 200 milhas a oeste das ilhas de Cabo Verde), enquanto a Espanha ficou com as terras a oeste desta linha.

Mesmo com a descoberta das terras brasileiras, Portugal continuava empenhado no comércio com as Índias, pois as especiarias que os portugueses encontravam lá eram de grande valia para sua comercialização na Europa. As especiarias comercializadas eram: cravo, pimenta, canela, noz moscada, gengibre, porcelanas orientais, seda, etc. Enquanto realizava este lucrativo comércio, Portugal realizava no Brasil o extrativismo do pau-brasil, explorando da Mata Atlântica toneladas da valiosa madeira, cuja tinta vermelha era comercializada na Europa. Neste caso foi utilizado o escambo, ou seja, os indígenas recebiam dos portugueses algumas bugigangas (apitos, espelhos e chocalhos) e davam em troca o trabalho no corte e carregamento das toras de madeira até as caravelas.

Foi somente a partir de 1530, com a expedição organizada por Martin Afonso de Souza, que a coroa portuguesa começou a interessar-se pela colonização da nova terra. Isso ocorreu, pois havia um grande receio dos portugueses em perderem as novas terras para invasores que haviam ficado de fora do tratado de Tordesilhas, como, por exemplo, franceses, holandeses e ingleses. Navegadores e piratas destes povos, estavam praticando a retirada ilegal de madeira de nossas matas. A colonização seria uma das formas de ocupar e proteger o território. Para tanto, os portugueses começaram a fazer experiências com o plantio da cana-de-açúcar, visando um promissor comércio desta mercadoria na Europa.

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Historia Do Brasil N.2 1534

Capitanias Hereditárias - Resumo

As Capitanias Hereditárias, Resumo, Criação, Objetivos, Donatários, Administração Colonial

Ano de 1534

As Capitanias hereditárias foram um sistema de administração territorial criado pelo rei de Portugal, D. João III, em 1534. Este sistema consistia em dividir o território brasileiro em grandes faixas e entregar a administração para particulares (principalmente nobres com relações com a Coroa Portuguesa).

Este sistema foi criado pelo rei de Portugal com o objetivo de colonizar o Brasil, evitando assim invasões estrangeiras. Ganharam o nome de Capitanias Hereditárias, pois eram transmitidas de pai para filho (de forma hereditária).

Estas pessoas que recebiam a concessão de uma capitania eram conhecidas como donatários. Tinham como missão colonizar, proteger e administrar o território. Por outro lado, tinham o direito de explorar os recursos naturais (madeira, animais, minérios).

Osistema não funcionou muito bem. Apenas as capitanias de São Vicente e Pernambuco deram certo. Podemos citar como motivos do fracasso: a grande extensão territorial para administrar (e suas obrigações), falta de recursos econômicos e os constantes ataques indígenas.

O sistema de Capitanias Hereditárias vigorou até o ano de 1759, quando foi extinto pelo Marquês de Pombal.

Capitanias Hereditárias criadas no século XVI:

Capitania do Maranhão

Capitania do Ceará

Capitania do Rio Grande

Capitania de Itamaracá

Capitania de Pernambuco

Capitania da Baía de Todos os Santos

Capitania de Ilhéus

Capitania de Porto Seguro

Capitania do Espírito Santo

Capitania de São Tomé

Capitania de São Vicente

Capitania de Santo Amaro

Capitania de Santana

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Historia Do Brasil N.3 1605

Capitanias Hereditárias - Resumo

As Capitanias Hereditárias, Resumo, Criação, Objetivos, Donatários, Administração Colonial

Regimento Do Pau-Brasil - 1605

Documento Histórico

Eu Ei-rei. Faço saber aos que este Meu Regimento virem, que sendo informado das muitas desordens que lia no certão do páo brasil, e na conservação delle, de que se tem seguido haver hoje muita falta, e ir-se buscar muitas legoas pelo certão dentro, cada vez será o damno mayor se se não atalhar, e der nisso a Ordem conveniente, e necessaria, como em cousa de tanta importancia para a Minha Real Fazenda, tomando informações de pessoas de experiência das partes do Brasil, e comunicando-as com as do Meu Conselho, Mandei fazer este Regimento, que Hei por bem, e Mando se guarde daqui em diante inviolavelmente.

Parágrafo 1`. Primeiramente Hei por bem, e Mando, que nenhuma pessoa possa cortar, nem mandar cortar o dito páo brasil, por si, ou seus escravos ou Feitores seus, sem expressa licença, ou escrito do Provedor mór de Minha Fazenda, de cada uma das Capitanias, em cujo destricto estiver a mata, em que se houver de cortar; e o que o contrário fizer encorrerá em pena de morte e confiscação de toda sua fazenda.

Parágrafo 2`. O dito Provedor Mór para dar a tal licença tomará informações da qualidade da pessoa, que lha pede, e se delia ha alguma suspeita, que o desencaminhará, ou furtará ou dará a quem o haja de fazer.

Parágrafo 3`. O dito Provedro Mór fará fazer um Livro por elle assignado, e numerado, no qual se registarão todas as licenças que assim der, declarando os nomes e mais confrontações necessarias das pessoas a que se derem, e se declarará a quantidade de páo para que se lhe dê licença, e se obrigará a entregar ao contractador toda a dita quantidade, que trata na certidão, para com elia vir confrontar o assento do Livro, de que se fará declaração, e nos ditos assentos assignará a pessoa, que levar a licença, com o Escrivão.

Parágrafo 4`. E toda a pessoa, que tomar mais quantidade de páo de que lhe fôr dada licença, além de o perder para Minha Fazenda, se o mais que cortar passar de dez quintaes, incorrerá em pena de cem cruzados, e se passar de cincoenta quintaes, sendo peão, será açoutado, e degradado por des annos para Angola, e passando de cem quintaes morrerá por elle, e perderá toda sua fazenda.

Parágrafo 5`. O provedor fará repartição das ditas licenças em o modo, que cada um dos moradores da Capitania, a que se houver de fazer o corte, tenha sua parte, segundo a possibilidade de cada um, e que em todos se não exceda a quantidade que lhe for ordenada

Parágrafo 6`. Para que se não córte mais quantidade de páo da que eu tiver dada por contracto, nem se carregue à dada Capitania, mais da que boamente se pôde tirar delia; Hei por bem, e Mando, que em cada um anno se faça repartição da quantidade do páo, que se ha de cortar em cada uma das Capitanias, em que há mata delle, de modo que em todo se não exceda a quantidade do Contracto.

Parágrafo 7`. A dita Repartição do páo que se ha de cortar em cada Capitania se fará em presença do Meu Governador daquelle Estado pelo Provedor Mór da Minha Fazenda, e Off iciaes da Camara da Bahia, e nelia se terá respeito do estado das matas de cada uma das ditas Capitanias, para lhe não carregarem mais, nem menos páo do que convém para benefício das ditas matas, e do que se determinar aos mais votos, se fará assento pelo Escrivão da Camara, e delles se tirarão Provisões em nome do Governador, e por elle assignadas, que se mandarão aos Provedores das ditas Capitanias para as executarem.

Parágrafo 8`. Por ter informação, que uma das cousas, que maior damno tem causado nas ditas mattas, em que se perde, e destroe mais páos, é por os Contractadores não aceitarem todo o que se corta, sendo bom, e de receber, e querem que todo o que se lhe dá seja roliço, e massiço do que se segue ficar pelos mattos muitos dos ramos e ilhargas perdidas, sendo todo elle bom, e conveniente para o uso das tintas: Mando a que daqui em diante se aproveite todo o que fôr de receber, e não se deixe pelos matos nenhum páo cortado, assim dos ditos ramos, como das ilhargas, e que os contractadores o recebão todo, e havendo dúvida se é de receber, a determinará o Provedor da Minha Fazenda com informação de pessoas de crédito ajuramentadas; e porque outrosym sou informado, que a causa de se extinguirem as matas do dito páo como hoje então, e não tornarem as árvores a brotar, é pelo mão modo com que se fazem os cortes, não lhe deixando ramos, e varas, que vão crescendo, e por se lhe pôr fogo nas raizes, para fazerem roças; Hei por bem, e Mando, que daqui em diante se não fação roças em terras de matas de páo do brasil, e serão para isso coutadas com todas as penas, e defesas, que estas coutadas Reaes, e que nos ditos córtes se tenhão muito tento a conservação das árvores para que tornem a brotar, deixando-lhes varas, e troncos com que os possão fazer, e os que o contrário fizerem serão castigados com as penas, que parecer ao Julgador.

Parágrafo 9`. Hei por bem, e Mando, que todos os annos se tire devassa do córte do páo brasil, na qual se perguntará pelos que quebrarão, e forão contra este Regimento.

Parágrafo 10`. E para que em todo haja guarda e vigilância, que convém Hei por bem, que em cada Capitania, das em que houver matas do dito páo, haja guardas, duas delias, que terão de seu ordenado a vintena das condemnações que por sua denunciação se fizeram, as quaes guardas serão nomeadas pelas Camaras, e approvadas pelos Provedores de Minha Fazenda, e se lhes dará juramento, que bem, e verdadeiramente fação seus Off icios.

Parágrafo 11`. O qual Regimento Mando se cumpra, e guarde como nelle se contém e ao Governador do dito Estado, e ao Provedor Mór da Minha Fazenda, e aos Provedores das Capitanias, e a todas as justiças dellas, que assim o cumprão, e guarde, e fação cumprir, e guardar sob as penas nelle contheudas; o qual se registrará nos Livros da Minha Fazenda do dito Estado, e nas Camaras das Capitanias, aonde houver matas do dito páo, e valerá posto que não passe por carta em meu nome, e o effeito delta haja de durar mais de um anno, sem embargo da Ordenação do segundo Livro, título trinta e nove, que o contrário dispoem. Francisco Ferreira o fés a 12 de Dezembro de 1605. E eu o Secretario Pedro da Costa o fis escrever "Rey".

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Historia Do Brasil N.4 1621

História Da Invasão Holandesa No Brasil

Ano de 1621

A Invasão Holandesa No Brasil, Maurício De Nassau E Seu Governo, Domínio Da Holanda No Nordeste, Realizações Dos Holandeses No Brasil, Batalha De Guararapes, Presença Dos Holandeses Na Bahia E Pernambuco, Expulsão Dos Holandeses Do Brasil

Após domínio da Espanha em Portugal, a Holanda, em busca de açúcar, resolveu enviar suas expedições para invadirem o Nordeste do Brasil, no período colonial.

Sua primeira expedição ocorreu em 1621, na Bahia, contudo, esta não foi bem sucedida, pois, em pouco tempo, os colonos portugueses a mandaram para fora do Brasil.

Em 1630 houve uma segunda expedição e esta, ao contrário da primeira, ocorreu em Pernambuco foi melhor sucedida

Durante seu domínio, a Holanda enviou seu príncipe (Maurício de Nassau) para governar as terras que havia conquistado e formar nestas uma colônia holandesa no Brasil. Neste período, o príncipe holandês dominou enorme parte do território nordestino.

Após algum tempo, ocorreram muitas revoltas devido aos altos impostos cobrados pelos holandeses. Após muitos conflitos, o governador Maurício de Nassau deixou seu cargo. Este fato facilitou a ação dos portugueses, que tiveram a chance de reagir em batalhas como a do Monte das Tabocas e a de Guararapes.

Em 1654, após muitos confrontos, finalmente os colonos portugueses (apoiados por Portugal e Inglaterra) conseguiram expulsar os holandeses do território brasileiro.

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Historia Do Brasil N.5 1684

Revolta De Beckman - Resumo, Causas, O Que Foi, Líderes.

Resumo Sobre A Revolta De Beckman, Causas E Consequências, O Que Foi, Objetivo, Líderes E O Que Aconteceu Durante A Revolta.

Ano 1684

O que foi

A Revolta de Beckman foi uma rebelião nativista ocorrida na cidade de São Luís (estado do Maranhão) em 1684.

Causas

Grande insatisfação dos comerciantes, proprietários rurais e população em geral com a Companhia de Comércio do Maranhão, instituída pela coroa portuguesa em 1682.

Os comerciantes reclamavam do monopólio da Companhia.

Os proprietários rurais contestavam os preços pelos quais a Companhia pagava por seus produtos.

Já grande parte da população maranhense estava insatisfeita com a baixa qualidade e altos preços cobrados pelos produtos manufaturados comercializados pela Companhia na região. Outros produtos como trigo, bacalhau e vinho chegavam à região em quantidade insulficiente, demoravam para chegar e ainda vinham em péssimas condições para o consumo.

Havia também o problema de falta de mão-de-obra escrava na região. Os escravos fornecidos pela Companhia eram insulficientes para as necessidades dos proprietários rurais. Uma solução seria a escravização de indígenas, porém os jesuítas eram contrários.

Objetivo principal:

Finalizar as atividades da Companhia de Comércio do Maranhão, para acabar com o monopólio.

Como ocorreu

Na noite de 24 de fevereiro de 1684, os irmãos Manuel e Tomás Beckman, dois proprietários rurais da região, com o apoio de comerciantes, invadiram e saquearam um depósito da Companhia de Comércio do Maranhão. Os revoltosos também expulsaram os jesuítas da região e tiraram do poder o governador.

Reação de Portugal

A corte portuguesa enviou ao Maranhão um novo governador para acabar com a revolta e colocar ordem na região.

Os revoltosos foram presos e julgados. Os irmãos Beckman e Jorge Sampaio foram condenados a forca.

Conclusão

A Revolta de Beckman foi mais um movimento nativista que mostra os conflitos de interesses entre os colonos e a metrópole. Foi uma revolta que mostrou os problemas de mão-de-obra e abastecimento na região do Maranhão. As ações da coroa portuguesa, que claramente favoreciam Portugal e prejudicava os interesses dos brasileiros, foram, muitas vezes, motivos de reações violentas dos colonos. Geralmente eram reprimidas com violência, pois a coroa não abria mão da ordem e obediência em sua principal colônia.

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Historia Do Brasil N.6 Ano 1707

Guerra Dos Emboabas - Resumo

O Que Foi, Causas, Conflitos, Resumo

ANO DE 1707

O que foi

Conflito armado ocorrido na região das Minas Gerais entre os anos de 1707 e 1709, envolvendo os bandeirantes paulistas e os emboabas (portugueses e imigrantes de outras regiões do Brasil). O confronto tinha como causa principal a disputa pela exploração das minas de ouro recém descoberatas na região das Minas Gerais. Os paulistas queriam exclusividade na exploração da região, pois afirmavam que tinham descoberto as minas.

Lideranças

- Os emboabas eram liderados pelo português Manuel Nunes Viana.

- Os paulistas eram comandados pelo bandeirante Borba Gato.

Conflitos

O conflito mais importante e sangrento ocorreu em novembro de 1708 no distrito de Ouro Preto. Os embaobas dominaram a região das minas e os paulistas se refugiaram na área do Rio das Mortes.

Consequências

- Os paulistas foram derrotados e a Coroa Portuguesa criou a Capitania de São Paulo e Minas de Ouro.

- A cobrança do quinto foi regulamentada.

- A Coroa Portuguesa, após acabar com o conflito e pacificar a região, assumiu a exploração de ouro na região das Minas Gerais.

- Os bandeirantes paulistas, expulsos da região das Minas Gerais, foram procurar em busca de ouro nas regiões de Goiás e Mato Grosso. Encontrarm nestas áreas novas minas para explorar.

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Historia do Brasil N.7 1720
Revolta De Vila Rica 1720

Resumo Sobre A Revolta De Vila Rica, Causas E Consequências, O Que Foi E O Que Aconteceu Durante A Revolta

Revolta de Vila Rica, também conhecida como Revolta de Filipe dos Santos, foi um movimento social de caráter nativista que ocorreu em 1720 na Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar do Ouro Preto (atual Ouro Preto, Minas Gerais).

Causas principais

- Aumento da exploração colonial, ou seja, por parte de Portugal sobre o Brasil.

- Criação das Casas de Fundição no Brasil, que tornou obrigatória a cobrança do "quinto" (imposto de 20% sobre todo ouro encontrado no Brasil). Nas Casas de Fundição era feita a retirada da parte devida a Portugal.

- Portugal decretou a proibição da circulação do ouro em pó (medida para dificultar a sonegação do imposto).

- Punições severas para quem não pagasse os impostos devidos à metrópole.

Objetivo da revolta

- Os revoltosos queriam o fim das Casas de Fundição;

- Queriam também a redução de vários impostos e tributos;

- Fim dos monopólios do fumo, sal, aguardente e gado.

O que aconteceu durante a revolta

Liderada por Filipe dos Santos, a revolta contou com a participação de vários integrantes do povo (principalmente pessoas mais pobres e da classe média de Vila Rica). Os revoltosos pegaram em armas e ocuparam alguns pontos de Vila Rica. Após chamar os revoltosos para negociar, o governador ordenou a prisão de todos que participaram da revolta.

Reação do governo e consequências

- Houve forte reação da coroa portuguesa contra a revolta. O líder, Filipe dos Santos, foi condenado e executado.

- As casas de muitos revoltosos foram queimadas pelas tropas do governo.

- O governo português continuou com as Casas de Fundição e até aumentou a fiscalização na colônia.

- Houve a separação da capitania de São Paulo de Minas Gera

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Historia Do Brasil N.8 1808

Abertura Dos Portos Às Nações Amigas - 1808

"Conde da Ponte, do meu Conselho, Governador e Capitão-General da Capitania da Bahia, Amigo.

Eu, o Príncipe-Regente, vos envio muito saudar, como àquele que amo. Atendendo à representação que fizestes subir à minha Real presença, sobre se achar interrompido e suspenso o comércio desta Capitania, com grave prejuízo de meus vassalos e da minha Real Fazenda, em razão das críticas e públicas circunstâncias da Europa; e querendo dar sobre este importante objeto alguma providência pronta e capaz de melhorar o progresso de tais danos: sou servido ordenar interina e provisoriamente, enquanto não consolido um sistema geral, que efetivamente regule semelhantes matérias, o seguinte: Primo: Que sejam admissivéis nas Alfândegas do Brasil todos e quaisquer gêneros, fazendas e mercadorias, transportadas ou em navios estrangeiros das potências que se conservam em paz e harmonia com a minha Real Coroa, ou em navios dos meus vassalos, pagando por entrada 24 por cento; a saber, 20 de direitos grosso, e 4 do donativo já estabelecido, regulando-se a cobrança destes direitos pelas pautas ou aforamentos, por que até o presente se regulam cada uma das ditas Alfândegas, ficando os vinhos, águas ardentes e azeites doces, que se denominam molhados, pagando o dobro dos direitos que até agora nela se satisfaziam. Secundo: Que não só os meus vassalos, mas também os sobreditos estrangeiros, possam exportar para os portos que bem lhe parecer, a benefício do comércio e agricultura, que tanto desejo promover, todos e quaisquer gêneros e produções coloniais, à exceção do pau-brasil ou outros notoriamente estancados, pagando por saída os mesmos direitos já estabelecidos nas respectivas Capitanias, ficando entretanto como em suspenso e sem vigor todas as leis, cartas-régias ou outras ordens, que até aqui proibiam neste Estado do Brasil o recíproco comércio e navegação entre os meus vassalos e estrangeiros. O que tudo assim fareis executar com o zelo e atividade que de vós espero.


Escrita na Bahia, aos 28 de janeiro de 1808.

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Historia Do Brasil N.9 1822

História da Independência do Brasil

Resumo Da Independências Do Brasil, Fatos, Causas, Processo.

1822

A Independência do Brasil ocorreu em 7 de setembro de 1822. A partir desta data o Brasil deixou de ser uma colônia de Portugal. A proclamação foi feita por D. Pedro I as margens do riacho do Ipiranga em São Paulo.

Causas:

- Vontade de grande parte da elite política brasileira em conquistar a autonomia política;

- Desgaste do sistema de controle econômico, com restrições e altos impostos, exercido pela Coroa Portuguesa no Brasil;

- Tentativa da Coroa Portuguesa em recolonizar o Brasil.

Dia do Fico

- D. Pedro não acatou as determinações feitas pela Coroa Portuguesa que exigia seu retorno para Portugal. Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro negou ao chamado e afirmou que ficaria no Brasil.

Medidas pré independência:

Logo após o Dia do Fico, D. Pedro I tomou várias medidas com o objetivo de preparar o país para o processo de independência:

- Organização a Marinha de Guerra

- Convocou uma Assembleia Constituinte;

- Determinou o retornou das tropas portuguesas;

- Exigiu que todas as medidas tomadas pela Coroa Portuguesa deveriam, antes de entrar em vigor no Brasil, ter a aprovação de D. Pedro.

- Visitou São Paulo e Minas Gerais para acalmar os ânimos, principalmente entre a população, que estavam exaltados em várias regiões.

A Proclamação da Independência

Ao viajar de Santos para São Paulo, D. Pedro recebeu uma carta da Coroa Portuguesa que exigia seu retorno imediato para Portugal e anulava a Constituinte. Diante desta situação, D. Pedro deu seu famoso grito, as margens do riacho Ipiranga: “Independência ou Morte!”

Pós Independência

- D. Pedro I foi coroado imperador do Brasil em dezembro de 1822;

- Portugal reconheceu a independência, exigindo uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas;

- Em algumas regiões do Brasil, principalmente no Nordeste, ocorreram revoltas, comandadas por portugueses, contrárias à independência do Brasil. Estas manifestações foram duramente reprimidas pelas tropas imperiais.

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Historia do Brasil N.10 1835

Guerra Dos Farrapos - Revolução Farroupilha

ANO 1835

História Da Revolução Farroupilha, As Causas Da Guerra Dos Farrapos, A Tentativa De Independência Do Sul Do Brasil, Movimento Separatista.

A Guerra dos Farrapos ocorreu no Rio Grande do Sul na época em que o Brasil era governado pelo Regente Feijó (Período Regencial). Esta rebelião, gerada pelo descontentamento político, durou por uma década (de 1835 a 1845).

O estopim para esta rebelião foi as grandes diferenças de ideais entre dois partidos: um que apoiava os republicanos (os Liberais Exaltados) e outro que dava apoio aos conservadores (os Legalistas).

Em 1835 os rebeldes Liberais, liderados por Bento Gonçalves da Silva, apossaram-se de Porto Alegre, fazendo com que as forças imperiais fossem obrigadas a deixarem a região.

Após terem seu líder Bento Gonçalves capturado e preso, durante um confronto ocorrido na ilha de Fanfa ( no rio Jacuí), os Liberais não se deixaram abater e sob nova liderança (de António Neto) obtiveram outras vitórias.

Em novembro de 1836, os revolucionários proclamaram a República em Piratini e Bento Gonçalves, ainda preso, foi nomeado presidente. Somente em1837, após fugir da prisão, é que Bento Gonçalves finalmente assume a presidência da República de Piratini.

Mesmo com as forças do exército da regência, os farroupilhas liderados por Davi Gonçalves, conquistaram a vila de Laguna, em Santa Catarina, proclamando, desta forma, a República Catarinense.

Entretanto, no ano de 1842, o governo nomeou Luiz Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias) para colocar fim ao conflito. Apos três anos de batalha e várias derrotas, os "Farrapos" tiveram que aceitar a paz proposta por Duque de Caxias. Com isso, em 1845, a rebelião foi finalizada.

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Historia Do Brasil N. 11 1838

História Da Balaiada, Resumo Revoltas Populares No Século Xix, Conflitos No Maranhão, A Vida Dos Balaios.

Revolta popular ocorrida no Maranhão entre os anos de 1838 e 1841.

Motivos do conflito:

- Grande parte da população pobre do estado era contra o monopólio político de um grupo de fazendeiros da região. Estes fazendeiros comandavam a região e usavam a força e violência para atingirem seus objetivos políticos e econômicos.

Como começou e os fatos mais importantes:

- No mês de dezembro de 1838 o líder do movimento, Raimundo Gomes, invadiu a prisão de Vila Manga para libertar seu irmão. Acabou aproveitando a situação e libertando todos outros presos.

- Em 1839 os balaios (como eram chamados os revoltosos), fizeram algumas conquistas como, por exemplo, a Vila de Caxias. Conseguiram também organizar uma Junta Provisória.

- O governo maranhense organizou suas forças militares, inclusive com apoio de militares de outras províncias, e passou a combater fortemente os balaios. Com a participação de muitos escravos fugitivos, prisioneiros e trabalhadores pobres da região, os balaios conseguiram obter algumas vitórias no início dos conflitos.

- O coronel Luís Alves Lima e Silva foi nomeado pelo Império como governador da província do Maranhão com o objetivo de pacificar a revolta. O Barão de Caxias, que mais tarde seria duque, foi eficiente em sua missão e reconquistou a Vila de Caxias.

O enfraquecimento do movimento e o fim da revolta

- Após perder a Vila de Caxias, o comandante dos balaios, Raimundo Gomes, se entregou as tropas oficiais.

- Em 1839, após a morte de Balaio, Cosme Bento (ex-escravo) assumiu a liderança dos balaios. Em 1840 ele partiu, com centenas de revoltosos para o interior.

- Em 1841, já com o movimento enfraquecido, muitos balaios resolverem se render, aproveitando a anistia concedida pelo governo.

- Em 1841, o líder Cosme Bento foi capturado e enforcado. Era o fim da revolta.

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Historia Do Brasil N.12 1864 a 1870

História Da Guerra Do Paraguai, As Causas Do Conflito, A Derrota Do Paraguai, Principais Fatos, Resumo.

A Guerra do Paraguai foi um conflito militar que ocorreu na América do Sul, entre os anos de 1864 e 1870. Nesta guerra o Paraguai lutou conta a Tríplice Aliança formada por Brasil, Argentina e Uruguai.

Causa principal:

- Pretensões do ditador paraguaio Francisco Solano Lopes de conquistar terras na região da Bacia do Prata. O objetivo do Paraguai era obter uma saída para o Oceano Atlântico.

Início e desenvolvimento do conflito:

- A guerra teve início em novembro de 1864, quando um navio brasileiro foi aprisionado pelos paraguaios no rio Paraguai.

- Em dezembro de 1864, o Paraguai invadiu o Mato Grosso.

- No começo de 1865, as tropas paraguaias invadiram Corrientes (Argentina) e logo em seguida o Rio Grande do Sul.

- Em 1 de maio de 1865, Brasil, Argentina e Uruguai selam um acordo para enfrentar o Paraguai. Contam com a ajuda da Inglaterra.

- Em 11 de junho de 1865 ocorreu um dos principais enfrentamentos da guerra, a Batalha de Riachuelo. A vitória brasileira neste enfrentamento naval foi determinante para a derrota do Paraguai.

- Em abril de 1866 ocorreu a invasão do Paraguai.

- Em 1869, sob a liderança de Duque de Caxias, os militares brasileiros chegam a Assunção.

- A guerra terminou em 1870 com a morte de Francisco Solano Lopes em Cerro Cora.

Saldo e consequências da Guerra:

- Nesta guerra morreram cerca de 300 mil pessoas (civis e militares);

- Cerca de 20% da população paraguaia morreu na guerra;

- A indústria paraguaia foi destruída e a economia ficou totalmente comprometida;

- O prejuízo financeiro para o Brasil, com os gastos de guerra, foi extremamente elevado e acabou por prejudicar a economia brasileira.

- A Inglaterra, que apoiou a Tríplice Aliança, aumentou sua influência na região.

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Historia Do Brasil N.13 1888

História Da Abolição Da Escravatura No Brasil, Os Abolicionistas, Resumo, Lei Áurea Decretada Pela Princesa Isabel Em 1888, A Questão Da Escravidão No Brasil Império.

No início da colonização do Brasil (século XVI), não havia no Brasil trabalhadores para a realização de trabalhos manuais pesados. Os portugueses colonizadores tentaram usar o trabalho indígena nas lavouras. A escravidão indígena não pôde ser levada adiante, pois os religiosos católicos se posicionaram em defesa dos índios condenando sua escravidão. Logo, os colonizadores buscaram uma outra alternativa. Eles buscaram negros na África para submetê-los à força ao trabalho escravo em sua colônia. Foi neste contexto que começou a entrada dos escravos africanos no Brasil.

Como era a escravidão no Brasil

Os negros africanos, trazidos da África, eram transportados nos porões dos navios negreiros. Em função das péssimas condições deste meio de transporte desumano, muitos morreram durante a viagem. Após desembarcaram no Brasil eram comprados como mercadorias por fazendeiros e senhores de engenho, que os tratavam de forma cruel e, muitas vezes, violenta.

Embora muitos considerassem normal e aceitável, a escravidão naquela época, havia aqueles que eram contra este tipo de prática, porém eram a minoria e não tinham influência política para mudar a situação. Contudo, a escravidão permaneceu por quase 300 anos. O principal fator que manteve o sistema escravista por tantos anos foi o econômico. A economia do Brasil contava quase que exclusivamente com o trabalho escravo para realizar os trabalhos nas fazendas e nas minas. As providências para a libertação dos escravos, de acordo com alguns políticos da época, deveriam ser tomadas lentamente.

O início do processo de libertação dos escravos e fim da escravidão

Na segunda metade do século XIX surgiu o movimento abolicionista, que defendia a abolição da escravidão no Brasil. Joaquim Nabuco foi um dos principais abolicionistas deste período.

A região Sul do Brasil passou a empregar trabalhadores assalariados brasileiros e imigrantes estrangeiros, a partir de 1870. Na região Norte, as usinas produtoras de açúcar substituíram os primitivos engenhos, fato que possibilitou o uso de um número menor de escravos. Já nos principais centros urbanos, era grande a necessidade do surgimento de indústrias. Visando não causar prejuízo financeiros aos proprietários rurais, o governo brasileiro, pressionado pelo Reino Unido, foi alcançando seus objetivos lentamente.

A primeira etapa do processo foi tomada em 1850, com a extinção do tráfico de escravos no Brasil. Vinte e um anos mais tarde, em de 28 de setembro de 1871, foi promulgada a Lei do Ventre-Livre. Esta lei tornava livres os filhos de escravos que nascessem a partir da decretação da lei.

No ano de 1885, foi promulgada a lei Saraiva-Cotegipe (também conhecida como Lei dos Sexagenários) que beneficiava os negros com mais de 65 anos de idade.

Foi somente em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, que a liberdade total e definitiva finalmente foi alcançada pelos negros brasileiros. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel (filha de D. Pedro II), abolia de vez a escravidão em nosso país.

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Historia Do Brasil N.14 1822 a 1889

Resumo Sobre A Proclamação Da República Brasileira, Causas, Liderança, Crise Da Monarquia, Movimento Republicano.

A regime monárquico existiu no Brasil entre os anos de 1822 a 1889. Neste período o país teve dois imperadores: D. Pedro I e D. Pedro II.

Causas

- Crise e desgaste da Monarquia - o sistema monárquico não correspondia mais aos anseios da população e às necessidades sociais que estava em processo. Um sistema em que houvesse mais liberdades econômicas, mais democracia e menos autoritarismo era desejado por grande parte da população urbana do país.

- Forte interferência de D. Pedro II nas questões religiosas, que provocou atritos com a Igreja Católica.

- Censura imposta pelo regime monárquico aos militares. O descontentamento dos militares brasileiros também ocorria em função dos rumores de corrupção existentes na corte.

- Classe média e profissionais liberais desejavam mais liberdade política, por isso muitos aderiram ao movimento republicano, que defendia o fim da Monarquia e implantação da República.

- Falta de apoio da elite agrária ao regime monárquico, pois seus integrantes queriam mais poder político.

- Fortalecimento do movimento republicano, principalmente nas grandes cidades do Sudeste.

A Proclamação

Na capital brasileira (cidade do Rio de Janeiro) em 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca liderou um golpe militar que derrubou a Monarquia e instaurou a República Federativa e Presidencialista no Brasil. No mesmo dia foi instaurado o governo provisório em que o Marechal Deodoro da Fonseca assumiu a presidência da República.

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Historia Do Brasil N.19 (1889-1930)

República Velha, Resumo, A Política Durante A República, Principais Momentos Históricos


República Velha (1889-1930)

Proclamação da República em 15 de novembro de 1889. A monarquia é derrubada.

- Marechal Deodoro da Fonseca assume como primeiro presidente da República.

- Poder econômico e político nas mãos das oligarquias paulista e mineira.

- Após a renúncia de Deodoro em 1891, assume a presidência outro militar: Floriano Peixoto.

- Primeira Constituição Republicana Brasileira é promulgada em 1891: voto aberto, presidencialismo, manutenção de interesses das elites agrárias, exclusão das mulheres e dos analfabetos do direito de voto.

- Política do Café-com-Leite: alternância no poder de presidentes mineiros e paulistas.

- Região Sudeste é privilegiada nos investimentos federais, principalmente os setores agrícola e pecuário.

- O café é o principal produto brasileiro de exportação.

- Aumento da imigração europeia (italiana, alemã, espanhola) para servir de mão-de-obra nas lavouras de café do interior paulista.

Política dos Governadores

Troca de favores políticos entre presidente da República e governadores para a manutenção do poder e garantia de governabilidade.

O coronelismo

Poder político e econômico concentrado nas mãos dos coronéis (grandes latifundiários), que usavam o voto de cabresto, violência e fraudes para obter vantagens eleitorais para si e seus candidatos.

Golpe de 1930

Após a vitória de Júlio Prestes, políticos da Aliança Liberal afirmam que as eleições foram fraudulentas. Com a liderança de Getúlio Vargas, aplicam um golpe e colocam fim a República Velha. Vargas torna-se presidente da República.

Principais conflitos e revoltas durante a República Velha

- Revolta da Armada: 1893-1894

- Revolução Federalista: 1893-1895

- Guerra de Canudos: 1893-1897

- Revolta da Vacina: 1904

- Revolta da Chibata: 1910

- Guerra do Contestado: 1912-1916

- Sedição de Juazeiro: 1914

- Greves Operárias: 1917-1919

- Revolta dos Dezoito do Forte: 1922

- Revolução Libertadora: 1923

- Revolução de 1930: 1930


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Historia Do Brasil N.15 1896 a 1897

História Da Guerra De Canudos, O Líder Antônio Conselheiro, O Messianismo No Nordeste Do Início Da República, Conflitos Sociais Na História Do Brasil.

A situação do Nordeste brasileiro, no final do século XIX, era muito precária. Fome, seca, miséria, violência e abandono político afetavam os nordestinos, principalmente a população mais carente. Toda essa situação, em conjunto com o fanatismo religioso, desencadeou um grave problema social. Em novembro de 1896, no sertão da Bahia, foi iniciado este conflito civil. Esta durou por quase um ano, até 05 de outubro de 1897, e, devido à força adquirida, o governo da Bahia pediu o apoio da República para conter este movimento formado por fanáticos, jagunços e sertanejos sem emprego.

O beato Conselheiro, homem que passou a ser conhecido logo depois da Proclamação da República, era quem liderava este movimento. Ele acreditava que havia sido enviado por Deus para acabar com as diferenças sociais e também com os pecados republicanos, entre estes, estavam o casamento civil e a cobrança de impostos. Com estas idéias em mente, ele conseguiu reunir um grande número de adeptos que acreditavam que seu líder realmente poderia libertá-los da situação de extrema pobreza na qual se encontravam.

Com o passar do tempo, as idéias iniciais difundiram-se de tal forma que jagunços passaram a utilizar-se das mesmas para justificar seus roubos e suas atitudes que em nada condiziam com nenhum tipo de ensinamento religioso; este fato tirou por completo a tranqüilidade na qual os sertanejos daquela região estavam acostumados a viver.

Devido a enorme proporção que este movimento adquiriu, o governo da Bahia não conseguiu por si só segurar a grande revolta que acontecia em seu Estado, por esta razão, pediu a interferência da República. Esta, por sua vez, também encontrou muitas dificuldades para conter os fanáticos. Somente no quarto combate, onde as forças da República já estavam mais bem equipadas e organizadas, os incansáveis guerreiros foram vencidos pelo cerco que os impediam de sair do local no qual se encontravam para buscar qualquer tipo de alimento e muitos morreram de fome. O massacre foi tamanho que não escaparam idosos, mulheres e crianças.

Pode-se dizer que este acontecimento histórico representou a luta pela libertação dos pobres que viviam na zona rural, e, também, que a resistência mostrada durante todas as batalhas ressaltou o potencial do sertanejo na luta por seus ideais. Euclides da Cunha, em seu livro Os Sertões, eternizou este movimento que evidenciou a importância da luta social na história de nosso país.

Conclusão : Esta revolta, ocorrida nos primeiros tempos da República, mostra o descaso dos governantes com relação aos grandes problemas sociais do Brasil. Assim como as greves, as revoltas que reivindicavam melhores condições de vida ( mais empregos, justiça social, liberdade, educação etc), foram tratadas como "casos de polícia" pelo governo republicano. A violência oficial foi usada, muitas vezes em exagero, na tentativa de calar aqueles que lutavam por direitos sociais e melhores condições de vida.

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Historia Do Brasil N.16 1904

Resumo Sobre A Revolta Da Vacina, Causas E Consequências, O Que Foi E O Que Aconteceu Durante A Revolta.

A Revolta da Vacina foi uma revolta popular ocorrida na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 10 e 16 de novembro de 1904. Ocorreram vários conflitos urbanos violentos entre populares e forças do governo (policiais e militares).

Causas principais

- A principal causa foi a campanha de vacinação obrigatória contra a varíola, realizada pelo governo brasileiro e comandada pelo médico sanitarista Dr. Oswaldo Cruz. A grande maioria da população, formada por pessoas pobres e desinformadas, não conheciam o funcionamento de uma vacina e seus efeitos positivos. Logo, não queriam tomar a vacina.

- O clima de descontentamento popular com outras medidas tomadas pelo governo federal, que afetaram principalmente as pessoas mais pobres. Entre estas medidas, podemos destacar a reforma urbana da cidade do Rio de Janeiro (então capital do Brasil), que desalojou milhares de pessoas para que cortiços e habitações populares fossem colocados abaixo para a construção de avenidas, jardins e edifícios mais modernos.

O que aconteceu durante a revolta

- Muitas pessoas se negavam a receber a visita dos agentes públicos que deviam aplicar a vacina, reagindo, muitas vezes, com violência.

- Prédios públicos e lojas foram atacados e depredados;

- Trilhos foram retirados e bondes (principal sistema de transporte da época) foram virados.

Reação do governo e consequências

- O governo federal suspendeu temporariamente a vacinação obrigatória.

- O governo federal decretou estado de sítio na cidade (suspensão temporária de direitos e garantias constitucionais).

- Com força policial, a revolta foi controlada com várias pessoas presas e deportadas para o estado do Acre. Houve também cerca de 30 mortes e 100 feridos durante os conflitos entre populares e forças do governo.

- Controlada a situação, a campanha de vacinação obrigatória teve prosseguimento. Em pouco tempo, a epidemia de varíola foi erradicada da cidade do Rio de Janeiro.

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Historia Do Brasil N.17 1914

Resumo Sobre A Revolta De Juazeiro, Causas E Consequências, O Que Foi E O Que Aconteceu Durante A Revolta, Liderança Do Padre Cícero.

Também conhecida como Sedição de Juazeiro, foi uma revolta de caráter popular, embora liderada pelos coronéis da região, que ocorreu no sertão do Nordeste em 1914. A revolta foi liderada pelo padre Cícero Romão Batista e pelo médico e político Floro Bartolomeu da Costa. Teve como epicentro a cidade de Juazeiro do Norte, localizada no sertão do Cariri (interior do estado do Ceará).

Causas principais

Os coronéis do sertão do Ceará estavam descontentes com a interferência do governo federal na política do estado. Através da política salvacionista, o presidente Hermes da Fonseca interviu no governo cearense para diminuir o poder das oligarquias locais (coronéis). A intervenção tirou do poder a família Acyoli (tradicional e poderosa família da época).

O fanatismo religioso, o descontentamento e a situação de miséria da população pobre favoreceram a participação dos sertanejos no conflito. Sob a orientação e liderança do padre Cícero, acreditavam estar participando de uma espécie de "guerra santa" contra as forças do mal, representadas pelo governo federal.

Objetivo da revolta

Os coronéis pretendiam derrubar o governador do estado do Ceará e assumir o controle do governo estadual, livrando-o do poder de interferência do governo central.

O que aconteceu durante a revolta

Os coronéis aliados da família Acyoli foram buscar o apoio do padre Cícero que era muito querido e venerado entre as camadas populares. Logo, o padre foi convencido a incentivar as pessoas a darem apoio e participarem da revolta. Liderados pelo padre Cícero, os sertanejos lutaram contra as forças do governo central.

Reação do governo e consequências

- A revolta foi violenta, resultando em muitas mortes. O governo federal resolveu ceder, anulou a intervenção no governo cearense e devolveu o poder à família Acyoli.

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Historia Do Brasil N. 18 1889 a 2010

Cronologia Do Brasil República, Fatos Históricos, Datas Importantes.

Principais fatos da História do Brasil República

- 15 de novembro de 1889: Proclamação da República.

- 1890: eleições para a Assembleia Constituinte.

- 1891 (fevereiro): promulgada a Constituição (primeira do período republicano) pela Assembleia Constituinte.

- 1891: Deodoro da Fonseca é eleito presidente do Brasil pela Assembleia Constituinte.

- 1893: início da Revolta da Armada no Rio de Janeiro.

- 1894: Prudente de Morais é eleito presidente do Brasil através de voto direto.

- de novembro de 1896 a outubro de 1897: Guerra de Canudos no sertão nordestino.

- 1900: "Política dos Governadores" é instituída pelo presidente Campos Sales.

- 1904: Revolta da Vacina na cidade do Rio de Janeiro, contra a campanha de vacinação obrigatória (contra a varíola) imposta pelo governo.

- 1907: Greve Geral em São Paulo.

- 1910: Revolta da Chibata contra as punições físicas que os marinheiros sofriam.

- de outubro de 1912 a agosto de 1916: Guerra do Contestado na região sul do Brasil.

- 1922: Revolta dos 18 do Forte de Copacabana (um dos principais movimentos tenentistas).

- 1917: Importante greve de operários na cidade de São Paulo.

- 1930: Revolução de 1930 leva Getúlio Vargas ao poder.

- 1932: Revolução Constitucionalista, em que o estado de São Paulo exige convocação de Assembleia Nacional Constituinte.

- 1934: promulgada a 3ª Constituição do Brasil. Vargas é eleito presidente do Brasil.

- 1937: início do Estado Novo, onde Vargas governa de forma autoritária.

- 1942: Brasil declara guerra às potências do Eixo.

- 1943 (1º de maio): criação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

- 1946: Assembleia Constituinte promulga a 4ª Constituição brasileira.

- 1950: Vargas é eleito pela segunda vez presidente do Brasil.

- 1955: pelo voto direto, Juscelino Kubitschek é eleito presidente do Brasil.

- 1957: início da construção da nova capital federal: Brasília.

- 21 de abril de 1960: inauguração de Brasília.

- 1964: golpe militar e início da Ditadura no Brasil. O período é marcado por censura, repressão aos movimentos sociais, perseguições políticas, falta de democracia e intervenção estatal na economia.

- 1979: início do movimento pela redemocratização do país. Movimento grevista no ABC Paulista. Lei da Anistia permite a volta dos exilados políticos.

- 1984: Movimento das Diretas Já exigia o retorno das eleições diretas para presidente da República.

- 1985: fim da Ditadura Militar com a eleição de Tancredo Neves pelo Colégio Eleitoral. Tancredo morre antes de assumir e quem assume a presidência é o vice José Sarney.

- 1986: Plano Cruzado, plano econômico para derrubar a alta inflação no Brasil.

- 1986: eleições para a Assembleia Nacional Constituinte.

- 1988: promulgada a nova Constituição do Brasil (em vigor até hoje).

- 1989: Fernando Collor é eleito presidente pelo voto direto.

- 1990: Plano Collor - nova moeda e confisco monetário para derrubar e controlar a inflação.

- 1992: Collor renuncia à presidência da República, após acusações de corrupção e investigação da CPI.

- 1994: Plano Real derruba e controla a inflação.

- 1995: Fernando Henrique Cardoso do PSDB toma posse como presidente da República. Fica no poder por dois mandatos.

- 1998: Fernando Henrique é reeleito presidente.

- 2002: Lula do Partido dos Trabalhadores é eleito presidente do Brasil.

- 2006: Lula é reeleito presidente da República.

- 2010: Dilma Rousseff do PT é eleita para presidente do Brasil.

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